quinta-feira, 8 de julho de 2010



Uma voz vem, às vezes do lado direito, às vezes do meu lado esquerdo, sem que para isso deverá conter palavras de direita ou esquerda.
Vozes finas, grossas, apressadas, com cortes ou alteradas. Macias, roucas, animadas.
Boas notícias são as que eu mais gosto.
Melosas me deixam até arrepiado, mas preciso que sejam insistentes, para que meu arrepio não me abandone em vias de caminho.
Dou o minguinho pra saber o que você está ouvindo.
Me aguça saber ao oque estão discutindo?
Entristece perceber que você não quer me ouvir
Tenta me iludir que não está na área cobrindo.
Chuva, distância, trânsito, barulhos, são desculpas que não estás me ouvindo.
Mas eu me ligo, fico atento à seus passos.
Podes me ignorar ou até mentir
Mas saiba que até meus ossos
Registram mensagens de saudade
E de torpedos e torpedos
É só com você que me movimento
A rede de sonhos à vontade.Seu celular tocou? Sou eu

Extraído do livro de Cevil Stoter
03/07/2010

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